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 Residência Artística

               A tradição na ilustração e as escamas sem peixes 

Pela constante proximidade com o mar através da vivência nas ilhas dos Açores, acabei por ser contagiada pelas suas riquezas e comecei a inserir elementos do mar nas minhas ilustrações. Tenho figurado alguns peixes e padronizado escamas como cobertura de criaturas híbridas onde os homens se fundem com os animais e os padrões dos animais aparecem descontextualizados na Natureza, que surge figurada por traçados orgânicos que se cruzam aproximando figuras, de onde emergem contextos e narrativas simbólicas que correspondem a fracções de tempo e espaço vivenciados por mim.

A aplicação das escamas de peixe, surge da possibilidade de poder inovar a minha própria ilustração através da apropriação e, também inovação, da técnica tradicional utilizada, materializando o que antes representava em desenho, recorrendo á aplicação directa das escamas sobre o papel desenhado e eventualmente pintado, criando um jogo estético de padrões e formas entre o bi e o tri dimensional, criando assim obras onde o tradicional se funde com o contemporâneo e é transportado para o universo das Artes Plásticas através da apropriação do Artesanal. Desta forma pretendo elevar a poética da utilização do tradicional e enriquecer, por adaptação desta, a linguagem estrutural da representação contemporânea, tirando partido do contexto social local.

 

 

 

 

Os trabalhos apresentados foram desenvolvidos durante os dois meses de residência artística na Escola Regional de Santo Amaro (ERASA), na ilha do Pico. 

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